Quando soa o relógio devido os ponteiros terem cruzado a marca de 23:59 min do dia 31 de dezembro uma euforia paira por alguns minutos. O céu da noite ganha mais luminosidade, pois  as estrelas recebem o reforço dos fogos de artifício para comemorar a chegada de um novo ano. Já antes existe toda uma preparação com a escolha da roupa, da cor, da ceia, etc... Tudo conforme cada um crê ser mais auspicioso. Essa atmosfera toda é motivada pela esperança, pela gratidão e, lógico, pela inclinação da celebração, da diversão. O ser humano procura provocar um estado de alegria nesse momento desejando que o ano que está começando siga a "vibe" desse momento. Natural. Somos animais racionais e sabemos que se não tomarmos atitudes diferentes nada muda e essa alegria será passageira, mas somos animais providos também de sentimentos. E nessa hora eles é que prevalecem na maioria dos casos.
Aqueles que não comemoram e acham uma tolice o fazer possuem seus pensamentos e reflexões. Muitos crêem que é apenas uma data como qualquer outra e nada disso o afetará. Geralmente são pessoas que não são ligadas comemorações por "n" motivos ou mesmo descrentes de qualquer forma especial de passar essa virada na convicção de que em nada resulta a passagem de um ano para outro. Não há nenhuma preparação, nenhuma comemoração. Existe uma racionalidade aparente nesse pensamento uma vez que podem ter a noção de que para algo mudar não basta o ano virar. É preciso mais. E esse mais não está, segundo suas teorias, numa data ou numa maneira de vivenciá-la extraordinariamente.
Se formos refletir de modo prático sobre tudo que foi colocado aqui veremos que não há razão para discordar do jeito que alguém passa a sua virada de ano. Uns necessitam da euforia para crer num ano melhor e outros nem sequer crêem que algo mude. Há extremos e há variáveis de pensamento entre eles. A melhor das conclusões possíveis parece ser uma: sim, o calendário muda e afeta as nossas vidas. Afinal, por exemplo, precisamos que o ano mude para chegar a data do aniversário, da aposentadoria, da viagem... Não há como dizer que literalmente de nada adianta o calendário trocar. Já nas partes que dependem da atitude da mudança pessoal para obtenção de algo, sim, de pouco vale virar o ano se a mente continuar igual e sem a pessoa tomar as ações necessárias. Portanto, a maneira como cada um vive a noite de ano novo pouco importa na realidade senão para aqueles que precisam daquela atmosfera para transforem seus pensamentos. E lembro: na prática o impacto da vira de ano acontece. Comemorando ou não. Pulando 7 ondas ou não. 
Faça como preferir, mas não tente impor o seu modo para ninguém. Casa um funciona melhor do seu jeito ou descobrirá outro. Apenas respeite. 
William Contraponto
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