UM CANTO NA AURORA 
William Contraponto
William Contraponto
Um relâmpago no céu noturno 
Ilumina o caminho inseguro,
Sob o tempo mais soturno
O pensamento teme o futuro.
Ilumina o caminho inseguro,
Sob o tempo mais soturno
O pensamento teme o futuro.
A espera é pela manhã chegar 
Para que tal apresente algum alívio,
A esperança está na tempestade cessar
E seguir sem nenhum sonívio.
Para que tal apresente algum alívio,
A esperança está na tempestade cessar
E seguir sem nenhum sonívio.
O deleterio recôndito dispensado 
Já não pode aludir e contagiar,
O pássaro da aurora despertado
Fez seu canto para o céu clarificar.
Já não pode aludir e contagiar,
O pássaro da aurora despertado
Fez seu canto para o céu clarificar.
Todo pretérito acuou-se na soleira 
Em resultado do interlúdio ambientado,
No tempo corrente não é coleira
Apesar de arquivo a ser consultado.
Em resultado do interlúdio ambientado,
No tempo corrente não é coleira
Apesar de arquivo a ser consultado.
No lume abastecido de percepção 
Uma presença é reconhecida,
É o pássaro auroral na recepção
Que canta dando boas vindas.
Uma presença é reconhecida,
É o pássaro auroral na recepção
Que canta dando boas vindas.
