ALÉM DA ILUSÃO - WILLIAM CONTRAPONTO

 



Além da Ilusão 

William Contraponto 


O pensar me avisa

Que o conto é oco,

Apreendi a divisa

Do fantasma e do sufoco.


Elucrubei em demasia

E superei do que trata,

Não me fale de fantasia

Baseada em vozes abstratas.


O que aventas, superado me é

Mas tuas dores vejo no vernáculo,

Sei da sua sentença pela fé

Apenas não prezo pelo báculo.


Não há vastidão no ínfimo

É tudo compreensível no aspecto posto,

A trama deixa de fora o lídimo

Em benefício do valor sotoposto.


Pelo âmago da questão

A face fica explícita,

O medo em desmedida ampliação

É o servo que adornações suscita.




Considerações Reflexivas: Ciclo da Liberdade e O Mito da Opção

  CONSIDERAÇÕES REFLEVIXAS:




O Ciclo da Liberdade e O Mito da Opção


A estrutura complexa para a sua existência e preservação nos limita ao campo comum do que convencionou-se chamar de livres escolhas, opções. Essa mesma estrutura nos tornou escravos da escolha tanto que o ato de não querer escolher é uma opção e, como tal, com consequências como qualquer que fosse o caminho seguido. Nesse sentido é inerente pensar que a roda vai girar independentemente da direção escolhida. E realmente ela gira. A opção não ocasionou nada além da implicação em ter seguido uma direção ao invés de outra. A roda se movimentou igualmente. É falho dizer que uma sociedade é livre pelas suas diversificadas opções se a própria opção é um mito. Portanto, a liberdade, longe de ser uma realidade consolidada, permanece um ideal a ser perseguido. É necessário reconhecer as limitações impostas pela estrutura social e trabalhar para superá-las, construindo uma sociedade onde as escolhas sejam genuinamente livres e não condicionadas. A verdadeira liberdade exige uma constante luta contra os mitos e as ilusões que a cerceiam, rumo a uma existência autêntica e plenamente realizada.

William Contraponto


MAL DOS DIAS - WILLIAM CONTRAPONTO

 


Mal dos Dias

William Contraponto 


A falácia lógica contagia

Tanto quanto uma epidemia,

Se o antídoto for ignoto

Se esgotará nosso peridoto.


Essa suciata operante nas tribunas

Inflama e produz chama,

A bomba das guerras internas

Por meio de tela e tele-grama.


A hoste dos inficionados

No passo estulto se aglomeram,

De semblantes no fervor esculpidos

Ao abismo caliginoso peregrinam.


O que resta é uma luz na sombra

Onde a verdade se mantém,

A reflexão tem força de ressumbra

E vai curando os que a buscarem.




UM CANTO NA AURORA - William Contraponto





UM CANTO NA AURORA 
William Contraponto 


Um relâmpago no céu noturno 
Ilumina o caminho inseguro,
Sob o tempo mais soturno 
O pensamento teme o futuro.

A espera é pela manhã chegar 
Para que tal apresente algum alívio,
A esperança está na tempestade cessar 
E seguir sem nenhum sonívio.

O deleterio recôndito dispensado 
Já não pode aludir e contagiar,
O pássaro da aurora despertado 
Fez seu canto para o céu clarificar.

Todo pretérito acuou-se na soleira 
Em resultado do interlúdio ambientado, 
No tempo corrente não é coleira
Apesar de arquivo a ser consultado.

No lume abastecido de percepção 
Uma presença é reconhecida,
É o pássaro auroral  na recepção 
Que canta dando  boas vindas.

O VISLUMBRE É CONTÍNUO - WILLIAM CONTRAPONTO



O VISLUMBRE É CONTÍNUO 

William Contraponto 


 O vislumbre é sempre corrente,

Não tem prazo final, 

Ao contrário do dormente 

Que sonha ter alcance total.


 Quando os olhos se abrem 

Pouco podemos compreender 

Como é que coexistem 

Quem perde e quem faz perder?


Não é com subta aparição 

Que a luz revela a vastidão,

O horizonte também nada garante

 Além de caminhos ao caminhante.


O vislumbre é sempre corrente,

Não tem prazo final,

Ao contrário do dormente 

Que sonha ter alcance total.


 Quando as visões se abrem 

Um pouco mais podemos compreender 

Que todas as peças coexistem 

Para a engrenagem dar partida, acontecer.


Sem nenhuma subta aparição 

A luz, aos trancos, revela a vastidão,

O horizonte também é ampliado 

Além do que era revelado.


O vislumbre é sempre corrente,

Não tem prazo final,

Ao contrário do dormente 

Que sonha ter alcance total.

HÁ OUTRAS FLORES - WILLIAM CONTRAPONTO

 


HÁ OUTRAS FLORES 

William Contraponto 


Sempre haverá outra flor no caminho

 Talvez até sem tanto espinho

Uma que não nos faça sangrar

E seja bálsamo para as dores suavizar. 


Nem tudo foi como sonhamos 

Ou mesmo segue do jeito que experimentamos

O que foi pode não mais retornar,

É provável que não volte a se manifestar.


 Mas, vejamos: como ainda tem estrada

E quantas são as nossas possibilidades 

De que a cada nova parada

Surjam flores das mais belas variedades.

 

Mesmo com as marcas do que foi passado

 Seguirmos é o sentido para ter o coração curado

Sendo pelas pétalas que foram conquistadas 

Ou pelas próprias, na jornada, acrisoladas.

O GRITO - WILLIAM CONTRAPONTO

 



O GRITO 

William Contraponto 


Quanto tempo faz 

Que esse grito é ignorado?

Quanto tempo mais 

Para que seja escutado?


O grito, meu irmão, quem ouve?

Quem ouve esse lamento angustiado?

Quando esse está calado

É pelo cansaço ou atentaram contra ele.


Sim, mais uma vez tentaram

Como já era de se esperar,

Mais uma vez falharam

Como beócios poderiam imaginar?


Quanto tempo faz 

Que esse grito é ignorado?

Quanto tempo mais 

Para que seja escutado?


O grito, meu irmão, vem de dentro 

Vem daquele aprisionado sem grades

Ele não era assim antes

Até o atentado mais violento.


Sim, inúmeras vezes sobrevividas

 Com a audácia desafiadora da sua resiliência, 

O que enfurece as mentalidades desprovidas

Da gente beócia que usa de aparência.


Quanto tempo faz 

Que esse grito é ignorado?

Quanto tempo mais 

Para que seja escutado?

Análise do Poema - Antes que Tudo Se Repita - William Contraponto



 Análise do Poema - Antes que Tudo Se Repita - de William Contraponto


Título: O título "Antes que Tudo Se Repita" sugere uma reflexão sobre a repetição de erros e a necessidade de aprendizado antes que os mesmos erros se repitam.


Temas Principais:

1. Repetição de Erros: O poema fala sobre a tendência humana de repetir os mesmos erros, mesmo quando há sinais claros de que estamos indo na direção errada.

2. Ilusões e Promessas Vazias: O eu lírico menciona como as pessoas se iludem com promessas vazias e se envolvem em situações sombrias.

3. Conselhos Ignorados: Há uma crítica àqueles que não escutam os conselhos de quem lhes quer bem e depois se arrependem por suas escolhas.

4. Orgulho e Reflexão: O poema sugere que acumular erros não é uma "obra de arte" e que é necessário deixar o orgulho de lado, admitir os erros e refletir sobre eles para evitar repeti-los.

Estrutura e Linguagem:

- Repetição: A repetição de frases como "Sempre repetindo os mesmos erros" reforça a ideia central do poema.

- Tom Reflexivo:O tom do poema é reflexivo e crítico, incentivando o leitor a pensar sobre suas próprias ações e decisões.

- Imagens e Metáforas: O uso de imagens como "indo pro abismo" e "se acha o dono do ritmo" cria uma visualização clara dos erros e da arrogância humana.


Sobre o Poeta

William Contraponto é um poeta que parece focar em temas introspectivos e críticos da condição humana. Sua obra "Antes que Tudo Se Repita" reflete uma preocupação com a repetição de erros e a falta de aprendizado, temas universais que ressoam com muitos leitores. Através de uma linguagem simples, mas poderosa, Contraponto consegue transmitir mensagens profundas e incentivar a reflexão pessoal.

Conclusão

O poema "Antes que Tudo Se Repita" de William Contraponto é uma obra que nos convida a refletir sobre nossos próprios erros e a importância de aprender com eles. Através de uma linguagem acessível e imagens vívidas, o poeta nos lembra da necessidade de humildade e auto-reflexão para evitar cair nas mesmas armadilhas repetidamente.



Fonte:

Recanto das Letras

E QUANDO É NÃO - WILLIAM CONTRAPONTO


E QUANDO É NÃO 
William Contraponto 

Tem quem não consiga conter 
O ímpeto de ser mau caráter 
Se aproveitando com foracidade
Do coração que carrega bondade.

Essa sanha desconhece limite
Tanto quanto sincero arrependimento,
Sendo que ela mesma se permite
Ao julgar ter posse e consentimento.

Ser bom não é igual 
A aceitar a tudo sujeição, 
Sem expressar um sinal 
De ponto final ou negação.

 Quando fronteiras são impostas
Tal gente mostra a face rancorosa,
 Usando uma campanha mentirosa
 Difama e calunia pelas costas.

Quando a resposta é negativa
A antes dócil se torna cruel
Na verdade sempre foi impositiva
E de frases com caráter sofismável.

Ser bom não é igual 
A aceitar a tudo sujeição 
Sem expressar um sinal 
De ponto final ou negação.

A TUA DOR [WILLIAM CONTRAPONTO]

 


A Tua Dor

William Contraponto 


Ninguém sente a tua dor,

Ninguém jamais sentiu,

Ninguém sabe como doeu,

Em quais sentidos a dor mexeu.


Ninguém tem a mesma cicatriz,

A exata noção do que viveste,

A cicatrização do teu ferimento,

Ninguém tem a medida, ninguém é você.


Então, eles - quem quer que sejam -

Não entendem, não merecem,

Ser levados em conta,

Nas suas opiniões superficiais.


Desconectadas do contexto único,

Das tuas experiências,

Ninguém é você,

Ninguém jamais será.





 

ERRO DE LEITURA - WILLIAM CONTRAPONTO




ERRO DE LEITURA 
William Contraponto 

Não me leias com suas lentes
Para evitar um grande equívoco,
 Suas observações seriam insuficientes
Uma vez que me conheces pouco.

Se pensas que algo realmente sabes
Só por ter ouvido comentários 
Creia neles e te enganes
 Já que não basta um alô nos aniversários.

 Tudo o que disseram é mentira,
Mas se você deseja acreditar
O problema também é a postura 
Indo além do erro de leitura.

 Acaso houver real interesse 
Não faça uma leitura distante,
 Acaso houver nebuloso interesse
Permaneça o mais distante.

Tudo o que disseram é mentira,
Mas se você deseja acreditar
O problema também é a postura 
Indo além do erro de leitura. 





TAÇA DE RAZÃO - WILLIAM CONTRAPONTO


 TAÇA DE RAZÃO 

William Contraponto 


Manter as portas fechadas 

Ou adormecer de punhos cerrados, 

 A diferença entre os seus valores

Muda nas versões dissimuladas.


O que alivia  a pressão é uma dose

Mas qual a dose certa?

A decisão mais esperta 

Entre as lágrimas e o concreto.


A taça que serve a razão 

Convence ou fica neutra

Num gole de alguma outra

Mais ardente questão. 

 

E, então,  volta

 Para aquela primeira

 Que toda noite te revira

 E por nada te solta.


Enquanto a taça cheia estiver 

O pensamento apenas bordeja,

Não se oferece a quem quer que seja

Aquilo que somente nos cabe beber.


Quando a taça esvaziar 

O pensamento já não bordeja,

Não se entrega a quem quer que seja 

A decisão que somente nos cabe tomar.



Quando Nasço

 



Quando Nasço 

William Contraponto 


Eu nasço nas alvoradas

Quando o sol me convida para a dança,

E se despedem mansas as madrugadas

Presenteando a estrada com orvalhos de esperança.


 Cada dia é um parto de luz e vida

Onde tudo se refaz, onde tudo se recria,

 Cada dia é uma obra de arte desconhecida

Que muito inspira, que muito ínicia.


Quantas vezes mesmo eu renasci?

A contagem, agora, não é tão importante,

Sei que até num poema de Rimbaud que li

Outra vez me fez nascer naquele instante.


 Aquilo que não acaba se expande

Tanto que precisa romper algum limite,

Saltando da redoma de já pouca claridade 

E vindo novamente à luz mais consciente.


Quantas vezes mesmo eu renasci?

A contagem, agora, não é tão importante,

Sei que até num poema de Rimbaud que li

Outra vez me fez nascer naquele instante.

Começando - o relato.

 Somente quem vive uma situação pode falar sobre a mesma. Mas quando se trata de algo tão forte, complicado e que deixa tantas cicatrizes profundas na alma como é  o caso de quem foi abusado ou abusada na infância, por exemplo, a questão é muito mais difícil de ser expressada e precisa de uma consciência fortificada para tanto. Principalmente quando tais relatos mexem diretamente com a visão deturpada que os demais possuem sobre determinados fatos e pessoas que pouco nobres são em suas realidades.

Indo no sentido de me fortificar e preparar vou tentar aos poucos ir soltando os relatos  conforme me sinto pronto. É,  portanto, no meu atual entendimento que se faça necessário o dividir daquilo que passei como forma de um desabafo que  também  traga ao conhecimento a necessidade de  proteção contínua para que crianças não vivam situações que agridam seus corpos e  almas. 

Não sei por onde nem como começar, então, pode demorar um pouco ou vir tudo de uma única  vez.

Esse são os primeiros passos. Ter consciência. Saber que aquilo era um abuso. Ou mais de um. E iniciar a jornada de expurgo do que  seja possível  através do relato. Eis o primeiro passo  dessa última fase citada.


BLOQUEIOS E ENCRUZILHADAS



 BLOQUEIOS E ENCRUZILHADAS 

William Contraponto 


A falta de beligerância não diz nada

É  apenas uma aparência de paz

A mente se movimenta numa encruzilhada

Tentando manter a respiração no interno caos.


O destino brinca de ter direções diversas

Mas há pontos nos quais se cruzam,

Num desses que traz recordações adversas

Verdades e decisões colidem e pressionam.


O fluxo já não parece ser como antes

Pois seus assuntos se tornaram incontornáveis,

Para que a máquina consiga  seguir em frente

É preciso desbloquear a barreira erguida pelos execráveis


A falta de beligerância não diz nada

É apenas uma aparência de paz, 

A mente se movimenta numa encruzilhada 

Tentando manter a respiração no interno caos.

 

Quando os bloqueios são rompidos

Os pensamentos rumam fluidos.


Quando a verdade é posta no volante 

Nenhuma encruzilhada mais é torturante.

A CULPA

 


A CULPA

William Contraponto 


Ninguém assume a culpa 

É o total oposto disso,

Todos querem se livrar da culpa 

E fazem de tudo para isso. 


Eles se esgueiram como podem

Entre um pouco de sorte e simulação,

Esses sujeitos são covardes e ardem

No medo que sentem da revelação.


Ninguém assume a culpa 

É o total oposto disso,

Todos querem se livrar da culpa 

E fazem de tudo para isso. 


As narrativas tentam cercear a realidade 

Que fica menos clara, evidente, 

Só uma leitura das entrelinhas com sensibilidade 

Pode ultrapassar a barreira do aparente.


Ninguém assume a culpa 

É o total oposto disso,

Todos querem se livrar da culpa 

E fazem de tudo para isso.


A verdade permanece sendo a verdade 

Mesmo que a mentira adquira aliados, 

Essa certamente é uma obviedade

Que precisa ser lembrada aos culpados.


Ninguém assume a culpa 

É o total oposto disso,

Todos querem se livrar da culpa 

E fazem de tudo para isso.

O QUE NÃO TE CONTARAM

 


O QUE NÃO TE CONTARAM 

William Contraponto 


O que não te contaram 

É  exatamente o que explica tudo, 

O que não te contaram 

É  exatamente o que os complica muito.


No silêncio e no bréu da noite

Existem verdades que estão ocultas,

 Sigilosas questões do ontem 

Que respondem a maioria das perguntas.


O interesse é esconder a realidade

Por medo do que  ela apresenta,

Eles pintam uma tela de integridade

 Que diante  dos fatos  não se sustenta. 

 

O que não te contaram 

É  exatamente o que explica tudo, 

O que não te contaram 

É  exatamente o que os complica muito.


No agito e na plena luz do dia

Existem verdades que passam despercebidas,

Mas cuja influência grande seria

E mudaria erradas percepções estabelecidas. 


O interesse é esconder a realidade 

Por medo do que tanto representa, 

Ela exporia a teia de falsidade

Que os traz conforto e sustenta.


O que não te contaram 

É  exatamente o que explica tudo, 

O que não te contaram 

É  exatamente o que os complica muito.

A Coletânea Com Todas as Letras de William Contraponto



Quero te convidar a conhecer a coletânea Com Todas as Letras, uma obra que reúne poemas e frases que desafiam o status quo e celebram a diversidade. No projeto de três volumes, Com Todas as Letras é um convite de iniciação ao conhecimento daquilo que escrevo ao longo dos últimos quinze anos.

Com Todas as Letras é o resultado de uma junção de jornadas. Essas nas quais todos nós podemos experienciar em algum ponto da vida. Vivências que estimulam a percepção de si, da sociedade e do sistema como um todo. Nesta obra, compartilho  reflexões, angústias, esperanças e inspirações, através de uma linguagem acessível carregada de significado e emoção.

Exploro também as possibilidades criativas das letras, usando-as como elementos visuais e sonoros para criar efeitos estéticos e semânticos. É possível perceber um brincar com as formas, as cores, as sonoridades e os sentidos das palavras que criam poemas e frases que estimulam a imaginação e a sensibilidade do leitor.

Com Todas as Letras é uma obra que celebra a arte como uma forma de vida, de expressão e de resistência. Ela foi idealizada desde seu conteúdo, capa, formato, etc de modo totalmente independente. Sem nenhum custo além do intelectual. Assim sendo, penso que seu pensamento ali expresso que reflete sobre diversidade,  resistência e igualdade devia ter seu acesso gratuito. E assim fiz. Além disso, resalto que livros de papel merecem respeito sempre, mas devido as reflexões contidas em Com Todas as Letras não gostarem de armários, gavetas e prateleiras o seu acesso não tem e não terá forma física para navegar livremente sem o risco de empoeirar ou ficar recluso dentro de armários.

Eu espero que você goste da minha coletânea e que ela te toque de alguma forma. É possível  ler Com Todas as Letras no Wattpad, onde também pode deixar os seus comentários e impressões. Outra forma de interagir sobre a coletânea ou outros assuntos é através do WhatsApp que informarei ao final desse texto. Ficarei lisonjeado em saber a sua opinião e em interagir contigo. 


Muito obrigado pela sua atenção e boa leitura.




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William Contraponto 

WhatsApp: 51 993006214 

E-mail: williamcontraponto@hotmail.com 

Com Todas as Letras - William Contraponto

 



Com Todas as Letras 

William Contraponto 


Com todas as letras 

A verdade seja dita, 

Crenças e suas regras 

Valem só para quem acredita. 


No jogo da ambição

Onde certas cartas são valiosas,

Quem tem a da religião 

Tem a das mais poderosas.


Mas não se engane com as aparências 

Nem viva na ilusão, 

Essa carta traz experiências 

Que geram caos e divisão.


Com todas as letras 

A verdade seja dita, 

Crenças e suas regras 

Valem só para quem acredita. 


Muitos vão se retirar da mesa

E outros ainda sair na mão,

Nessa disputa sem gentileza 

Não é raro vinho tinto pelo chão.


É quando a luz acaba 

Que a intenção fica clara ,

A jogada sempre foi antropófoba 

Oposta a toda prédica que vendera.


Com todas as letras 

A verdade seja dita, 

Crenças e suas regras 

Valem só para quem acredita. 




O Preço - William Contraponto


O Preço 

William Contraponto 


O tempo tem um lado

Desde o início,

Tudo por ele é revelado

Mentir é um desperdício.


O preço de ser você mesmo

É o de ser atacado 

Por quem finge ser honesto 

E todo resto que não é.


Siga o caminho da verdade 

E da coerência,

Onde há  tanta falsidade 

Deixe transbordar a sua essência.


O preço de ser você mesmo

É o de ser atacado 

Por quem finge ser honesto 

E todo resto que não é.


Se a realidade deles é de fachada

Não entre na mesma encenação, 

Melhor colocar o pé na estrada

E seguir só em outra direção.


O preço de ser você mesmo

É o de ser atacado 

Por quem finge ser honesto 

E todo resto que não é.


Aquele que não usa disfarce

No final é recompensado,

Mesmo que nisso não pensasse

O universo deixa nú o disfarçado.


O preço de ser você mesmo

É o de ser atacado 

Por quem finge ser honesto 

E todo resto que não é.