Leio o Teu Corpo
William Contraponto
Leio o teu corpo
como quem lê uma poesia,
nele sou um sopro
que canta e não silencia.
Teu gesto é palavra
que o tempo nunca apagou,
tua pele se lavra
com tudo o que me tocou.
Teus olhos, vertigem,
me desnudam sem temor,
no silêncio há origem
de um antigo e novo ardor.
Te beijo num saboreio,
de um gosto que busca sentido,
e em cada parte do mistério
revela-se um verso escondido.
Leio o teu corpo
como quem lê uma poesia,
nele sou um sopro
que canta e não silencia.
.
.
.
Versão Áudio:

