Primeira vítima registrada da homofobia no Brasil, índio Tibira ganha estátua no Maranhão.

Primeira vítima registrada da homofobia no Brasil, índio Tibira ganha estátua no Maranhão
A primeira vítima de crime Homofóbico no Brasil
Foi construído um monumento em homenagem ao índio Tibira, personagem histórico do Maranhão, que foi amarrado à boca de um canhão e explodido por ser homossexual no exato lugar onde a estátua foi colocada, em São Luiz.
A execução do índio foi ordenada pelo frei católico francês Yves D’Évreux, da ordem dos Capuchinhos, em 1614. Além de ordenar e assistir ao assassinato feito supostamente em nome da “pureza da comunidade”, o Frei documentou o ocorrido, entre outras histórias da época, em um livro.
No Brasil, na visão dos missionários portugueses e franceses, os índios apresentavam sexualidade tão devassa que só podiam ser escravos do Diabo: nus, polígamos, incestuosos, sodomitas. Antes de sua execução, Tibira protestou pela punição também de seus parceiros, que não tiveram a mesma sentença por supostamente praticarem o ato criminoso na posição “do macho”, como descrito pelos religiosos da época.
Não existe registro de nenhuma outra execução feita da mesma forma (amarrando a vítima à boca de um canhão) no Brasil. A história de Tibira ficou famosa nos registros históricos do Maranhão como o primeiro ato de homofobia registrado no país.
fonte História da Homossexualidade

Primeiro registro de casamento homoafetivo da histótia

Homossexualidade

Khnumhotep e Niankhkhnum



 Estes dois de nomes praticamente impronunciáveis formam o primeiro registro de um casamento homoafetivo na história da humanidade. Ambos foram serventes reais egípcios na corte do rei Niuserré durante a V dinastia, por volta de 2380 a.C. ou seja a quase 4500 anos atrás. A tumba deles foi encontrada em 1964 pelo arqueólogo Ahmed Moussa, que ficou surpreso ao encontrar uma tumba conjunta, coisa raríssima no antigo Egito. Estudos levaram a crer que devido ao carinho do rei por ambos, eles foram encaminhados juntos para a vida pós-morte cheios de presentes doados generosamente por seu rei.

 A tumba em seu interior é belíssima. Muitas das cores ainda estão vivas. Além da tumba dupla,há alguns desenhos de conotação erótica.
Se bem que o sexo no Egito antigo era tratado de forma muito mais natural que nos dias atuais.
Não é difícil entender numa cultura que acreditava que todo seu panteão divino nasceu do sêmen provindo da masturbação do deus primordial Atum. Inclusive havia uma cerimônia anual na qual o Faraó ia a frente, se masturbava e seu sêmen deveria cair no rio Nilo, na corrente do rio e não na margem. Depois dele todos os participantes masculinos faziam o mesmo.

(contra)cultura: A Geração Beat

(Contra)Cultura

Geração Beat



Foi um movimento literário originado em meados dos anos 1950 por um grupo de jovens intelectuais que cansado do modelo de ordem estabelecido nos EUA depois da Segunda Guerra Mundial. Com o objetivo de se expressarem de forma livre e contarem sua visão do mundo e suas histórias, esses escritores começaram a produzir desenfreadamente, muitas vezes movidos a drogas, álcool, sexo livre e jazz – o gênero musical que mais inspirou os beats. Mais do que escrever, esse grupo de amigos tinha interesse em estar sempre junto, compondo, viajando, bebendo e, por vezes, transando em grupo.
O autor Jack Kerouac introduziu a frase “Geração Beat” em 1948, generalizada do seu círculo social para caracterizar o submundo de juventude anti-conformista, reunida em Nova Iorque naquele tempo. O nome surgiu numa conversa com o novelista John Clellon Holmes (que publicou um romance sobre a Geração Beat, Go, em 1952), junto com um manifesto no The New York Times: “This Is the Beat Generation”. Em 1954, Nolan Miller o seu terceiro romance, Why I Am So Beat, relatando as festas de fim-de-semana de quatro estudantes.
O adjetivo “beat” foi introduzido ao grupo por Herbert Huncke, embora Kerouac tenha expandido o significado do termo. “Beat” fazia parte do calão do submundo – o mundo dos vigaristas, toxicodependentes e pequenos ladrões, onde Ginsberg e Kerouac procuraram inspiração. Beat era o calão para “beaten down” ou “downtrodden”, ambas expressões que podem significar oprimido, rebaixado, espezinhado. Mas para Kerouac, tinha uma conotação espiritual. Outros adjetivos discutidos por Holmes e Kerouac foram “found” (encontrado, achado) e “furtive” (furtivo). Kerouac alegou que ele tinha identificado (e incorporado) uma nova tendência análoga à influente Geração Perdida.
BEATNICK
A palavra “beatnik” foi inscrita por Herb Caen num artigo no San Francisco Chronicle a 2 de Abril de 1958. Caen cunhou o termo juntando-lhe o sufixo russo -nik depois de Sputnik 1, para a Geração Beat. A coluna de Caen surgiu com a palavra seis meses depois do Sputnik. Pode ter sido a intenção de Caen caracterizar os membros da Geração Beat como não-americanos. Opondo-se à distorção do termo por parte de Caen, Allen Ginsberg escreveu para o New York Times a lamentar “a obscena palavra beatnik,” comentando, “Se os beatniks e poetas Beat não iluminados infestarem este país, eles não terão sido criados por Kerouac mas pela indústria da comunicação em massa que continua fazer lavagens cerebrais ao homem.”
INFOGRÁFICO BÁSICO
O beat chegou a outras formas de arte, mas com menos impacto. Na literatura, durou entre 1944 e 1959
Como era…
As características do movimento:
  • Intensidade em tudo: no estilo narrativo, nos temas, nos personagens
  • Escrita compulsiva
  • Fluxo de pensamento desordenado, por vezes caótico
  • Linguagem informal, cheia de gírias e palavrões, ou com o chamado “hip talk” (um vocabulário típico do submundo marginal da cidade de Nova York)
  • Grande valorização da transmissão oral
  • Apoio à igualdade étnica, à miscigenação e às trocas culturais entre raças
Onde você encontra a influência deles:
  • Nos movimentos estudantis e na onda hippie dos anos 60, que herdaram causas como a ecologia e o amor livre;
  • Na liberação feminista e no movimento homossexual, em parte consequências da luta dos beats pela liberdade sexual;
  • Em canções de Bob Dylan e Jim Morrison e em filmes de Wim Wenders e Jim Jarmusch;
  • No punk rock, considerado uma retomada do espírito beat por sua verve selvagem, espontânea e contestatória...

Jornais Digitalizações

Digitalizações pegando vários períodos. Jornal da Terra Terra, Folha Terra, Águas Claras do Sul.
Apenas algumas amostras das colunas de William Contraponto