Considerações Reflexivas: Ciclo da Liberdade e O Mito da Opção

  CONSIDERAÇÕES REFLEVIXAS:




O Ciclo da Liberdade e O Mito da Opção


A estrutura complexa para a sua existência e preservação nos limita ao campo comum do que convencionou-se chamar de livres escolhas, opções. Essa mesma estrutura nos tornou escravos da escolha tanto que o ato de não querer escolher é uma opção e, como tal, com consequências como qualquer que fosse o caminho seguido. Nesse sentido é inerente pensar que a roda vai girar independentemente da direção escolhida. E realmente ela gira. A opção não ocasionou nada além da implicação em ter seguido uma direção ao invés de outra. A roda se movimentou igualmente. É falho dizer que uma sociedade é livre pelas suas diversificadas opções se a própria opção é um mito. Portanto, a liberdade, longe de ser uma realidade consolidada, permanece um ideal a ser perseguido. É necessário reconhecer as limitações impostas pela estrutura social e trabalhar para superá-las, construindo uma sociedade onde as escolhas sejam genuinamente livres e não condicionadas. A verdadeira liberdade exige uma constante luta contra os mitos e as ilusões que a cerceiam, rumo a uma existência autêntica e plenamente realizada.

William Contraponto


MAL DOS DIAS - WILLIAM CONTRAPONTO

 


Mal dos Dias

William Contraponto 


A falácia lógica contagia

Tanto quanto uma epidemia,

Se o antídoto for ignoto

Se esgotará nosso peridoto.


Essa suciata operante nas tribunas

Inflama e produz chama,

A bomba das guerras internas

Por meio de tela e tele-grama.


A hoste dos inficionados

No passo estulto se aglomeram,

De semblantes no fervor esculpidos

Ao abismo caliginoso peregrinam.


O que resta é uma luz na sombra

Onde a verdade se mantém,

A reflexão tem força de ressumbra

E vai curando os que a buscarem.




UM CANTO NA AURORA - William Contraponto





UM CANTO NA AURORA 
William Contraponto 


Um relâmpago no céu noturno 
Ilumina o caminho inseguro,
Sob o tempo mais soturno 
O pensamento teme o futuro.

A espera é pela manhã chegar 
Para que tal apresente algum alívio,
A esperança está na tempestade cessar 
E seguir sem nenhum sonívio.

O deleterio recôndito dispensado 
Já não pode aludir e contagiar,
O pássaro da aurora despertado 
Fez seu canto para o céu clarificar.

Todo pretérito acuou-se na soleira 
Em resultado do interlúdio ambientado, 
No tempo corrente não é coleira
Apesar de arquivo a ser consultado.

No lume abastecido de percepção 
Uma presença é reconhecida,
É o pássaro auroral  na recepção 
Que canta dando  boas vindas.